“Araguaia – Histórias de amor e de guerra” está entre os 10 finalistas do Prêmio Jabuti 2015, na categoria reportagem e documentário.

O ambicionado Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Libro (CBL).

O ambicionado Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro (CBL).

O meu livro mais recente, que trata da luta armada na Bacia do Rio Araguaia, sul do Pará, durante o regime militar, foi escolhido como finalista do maior certame da literatura brasileira, promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). O Prêmio Jabuti 2015 recebeu cerca de 2.700 inscrições de obras em formato de livro. Deste total, foram selecionados 270 autores, divididos por 27 categorias. Na primeira fase do concurso, a eliminação foi radical. Cerca de 90% dos inscritos foram eliminados.

Estar entre os finalistas, na verdade, já é uma premiação. No mínimo, é um reconhecimento do esforço de autores consagrados e até estreantes. Só por isso já vale o selo de qualidade. Para mim, é um motivo de entusiasmo, apontando para o desenvolvimento de novos projetos. Já ganhei o Jabuti duas vezes (1994 e 2011). Estar entre os finalistas este ano é uma alegria. Cuido de temas ásperos: violência urbana, crime organizado e coisas do gênero, em um país de poucos leitores. Meu foco está na história recente do Brasil e suas contradições.

Meus editores na Record nunca questionaram as minhas propostas agressivas. Jamais me pediram para mudar qualquer coisa relacionada ao conteúdo das minhas afirmações, mesmo as mais contundentes. A minha casa editorial – pode-se dizer que é a maior editora sul-americana – tem sido um espaço de amplas liberdades. O publisher Sérgio Machado tem amigos entre os seus autores – coisa rara, porque em geral os editores são odiados.

Os meus livros premiados.

Os meus livros premiados.

Entre os 10 selecionados em cada categoria, 3 serão vencedores, escolhidos por um júri de especialistas. O resultado sai em meados de novembro. A entrega dos prêmios é no dia 3 de dezembro, no auditório do Ibirapuera, na capital paulista.

Sobre Carlos Amorim

Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão. Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano. Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc). Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes. Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005). A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações. Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada. Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
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2 respostas para “Araguaia – Histórias de amor e de guerra” está entre os 10 finalistas do Prêmio Jabuti 2015, na categoria reportagem e documentário.

  1. Taís disse:

    Parabéns, Carlos. O Sem Vestígios também ficou finalista em 2009. Foi uma grande vitória depois do Jabuti de Operação Araguaia! Abraços

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