
Sérgio Gadelha em foto da Folha de S. Paulo
O advogado Sérgio Brasil Gadelha, preso na última segunda-feira (22 de abril), após confessar o brutal assassinato da mulher, Hiromi Sato, já está solto. Ficou detido por 48 horas, em cela especial da 31ª. DP. Cela especial por ter nível superior de ensino, mesmo tendo espancado e estrangulado a companheira num apartamento de classe média em Higienópolis. A violência do crime, que chocou até mesmo os policiais que prenderam o advogado, não foi suficiente para que a Justiça reconhecesse a periculosidade desse homem.
O juiz da 1ª. Vara do Tribunal do Júri decretou a prisão preventiva do acusado até o ano de 2022. Mas, no mesmo despacho, determinou que ficasse em “prisão domiciliar até o julgamento”. A primeira coisa que Sérgio Gadelha fez ao deixar a delegacia foi hospedar-se num hotel – e não foi para o seu “domicílio”, como mandou o magistrado.
Infelizmente, a verdade é que ele está livre. Ou alguém acredita que a polícia vá fazer um plantão na Rua Pará, onde fica o apartamento? Não somos capazes nem de proteger as escolas, quanto mais vigiar um criminoso que está nas ruas por ordem judicial. Aliás, essa prisão domiciliar até parece piada. Pimenta Neves matou a namorada com dois tiros pelas costas e passou onze anos “detido” numa mansão no Alto da Boa Vista.
Vamos ser realistas: há casos de homicídio em que a Justiça não julga o acusado em vinte anos, o que provoca a prescrição do delito. E os números da violência só fazem aumentar, soprados pelos ventos da impunidade.
Sobre Carlos Amorim
Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão.
Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano.
Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc).
Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes.
Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005).
A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações.
Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada.
Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
Esta semana até as autoridades de São Paulo pediram que o povo se mobilizasse para que se promovesse uma reforma em nosso caduco código penal, ato provocado pela também trágica morte da dentista que foi queimada apenas por ter pouco dinheiro na conta bancária. Vamos nos mobilizar para esta reforma que se mostra cada vez mais urgente!
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Rico não fica preso.
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Bom dia pessoal,
Depois de ter ficado em uma “clínica de repouso” agora o MONSTRO esta no conforto do lar dele, lar esse onde assassinou minha amiga!
Fui por mais de 20 anos e sou amiga da Hiromi. Indignada como todos e em contato com a família e promotora estamos organizando uma manifestação para que a impunidade não prevaleça como sempre nesse país! …… Precisamos de mais vozes ….. a participação de um numero grande de pessoas é essencial para sermos ouvidos. Peço ajuda de todos, da forma que for possível …..
nancydeoliveira1@gmail.com
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