
A roda encontrada no local da tragédia. Foto da perícia criminal.
A tragédia que vitimou Eduardo Campos e outras seis pessoas, com a queda do avião da campanha do PSB, completou um mês neste sábado (13 set). Até agora, a investigação sobre a queda do jatinho não levou a nenhuma conclusão. Ontem, a Polícia Civil paulista, com base em informações da perícia criminal e da FAB, descartou a hipótese de que o Cessna Citation tivesse colidido no ar com um drone militar. A suspeita havia sido levantada pelo Ministério Público, porque no local da queda do jatinho de campanha foi encontrada uma roda que não pertencia ao Cessna. E que se parece com um dos pneus do trem de pouso de um avião militar não tripulado, como você pode ver na foto acima, feita por peritos.
O avião-robô da Força Aérea, denominado “Acauã”, serve para a localização de alvos e para espionagem aérea. A perícia criminal concluiu que a roda encontrada “era de um carrinho de bebê” que estava a bordo do jatinho do candidato. A FAB, em nota oficial, declarou que o “Acauã” não estava voando no dia do acidente. Mas informou que o drone havia voado dias antes sobre a Academia da Força Aérea, em Pirassununga, a dezenas de quilômetros do local da morte de Eduardo Campos. Sobre as demais circunstâncias do desastre, nada ainda.

O drone “Acauã”, cujo nome remete a uma ave de rapina. Foto da FAB.
O acidente que causou a morte do socialista pernambucano, abriu a vaga para Marina Silva disputar a presidência e ameaçar a reeleição de Dilma Rousseff. Mas acreditar que os militares – ou o governo – estariam envolvidos nisso é uma especulação barata. Pura teoria da conspiração. Seria uma estupidez, por parte do governo, dar espaço para uma candidata que obtivera mais de 19 milhões de votos na eleição de 2010 e que se tornaria fatalmente um perigo potencial para Dilma. O resto é bobagem.
Sobre Carlos Amorim
Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão.
Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano.
Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc).
Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes.
Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005).
A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações.
Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada.
Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
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Com base em meus parcos conhecimentos adquiridos num aeroclube, digo suspeitar que o piloto forçou a curva a baixa alturea, sem velocidade estolou, entrando em perda, em atitude de faca, sem tempo para a arremetida (no jato leva sete segundos) e caiu como um tijolo. Tal qual houve com o HS da FAB que levava o ministro Marcos Freire, que estolou logo depois da decolagem, também numa curva. Ou que pode ser o mesmo do avião dos Mamonas Assassinas. Nada de drones, nem CIA, nem KGB nem conspiração alguma. Que me perdoe a família do piloto, acho que foi barbeiragem mesmo. A velha máxima, primeira lição que o aluno ouve de seu instrutor quando senta num aeroplano: errou morreu.
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