
O advogado, preso em flagrante, confessou.
Parece incrível, mas um ministro do Superior Tribunal da Justiça (STJ), em Brasília, concedeu liminar mandando soltar novamente o advogado Sérgio Brasil Gadelha, assassino confesso da secretária-executiva Hiromi Sato. A decisão contraria pela segunda vez a sentença do Tribunal de Justiça de São Paulo, que tirou o criminoso da prisão domiciliar em que estava e o mandou para uma “sala de estado-maior” na cavalaria da PM. Como tem diploma superior, Gadelha mereceu o duvidoso benefício. E agora volta à cena do crime, o apartamento na Rua Pará, bairro de Higienópolis, na região central da capital paulista, um dos metros quadrados mais valiosos do país. Ali foi cometido o crime brutal, em abril de 2013.
Passados dois anos e oito meses do homicídio, ainda se discute se o criminoso deve ou não ser preso. Os desembargadores do TJ de São Paulo chegaram a afirmar que Sérgio Gadelha apresentava periculosidade e estava constrangendo testemunhas do processo, que corre no 1º. Tribunal do Júri. Nada disso preocupou o magistrado de Brasília. Pior: não se sabe quando o STJ vai julgar o mérito da questão e ainda não está marcado o julgamento no júri popular. Até lá, Gadelha fica livre, porque não há fiscalização para prisão domiciliar. Se ele quiser dar uma vota ou pegar um cineminha, ninguém vai impedir. Se quiser constranger testemunhas, também não.
O assassinato de mulheres no Brasil é uma epidemia, verdadeiro massacre. Nos últimos 30 anos, foram mortas 92 mil mulheres no país. Do ano 2000 para cá, foram 43.700 (dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública). Neste período, os homicídios, em geral praticados por companheiros e ex-companheiros, cresceram 230%. E mais: a cada ano acontecem cerca de 530 mil casos de tentativas ou de estupros consumados. Apenas 50 mil (menos de 10%) chegam ao conhecimento da polícia. O número de condenados por tais agressões é ínfimo.
Casos como o de Sérgio Gadelha reforçam a sensação de impunidade.
O que esperar de um Tribunal que foi feito para o “povo”, mas quem administra são os mesmos da laia desse assassino?. Por mais que o povo grite e esperneie, nunca serão atendidos pois quem comanda esse Tribunal, já tem cadeira cativa no inferno…Mas Deus proverá…afffffff
CurtirCurtir