Polícia prende em São Paulo libanês ligado ao grupo extremista Hezbollah. Fadi Hassan já foi condenado por tráfico internacional de drogas. É o 14º suspeito de terrorismo no país.

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O libanês Fadi Hassan, 42 anos. Foto da Polícia Civil de São Paulo,

                                    O libanês Fadi Hassan foi localizado pela Polícia Militar em Caieiras, na região metropolitana da capital paulista. Na casa dele foram encontrados documentos falsos com vários nomes diferentes, além de dinheiro. Levado à Polícia Federal, Hassan prestou depoimento e confirmou que foi um combatente do grupo muçulmano xiita Hezbollah, o “Partido de Deus”, no sul do Líbano, durante enfrentamentos com o exército israelense. Aos policiais que o prenderam, disse que fez parte das “forças especiais” do grupo religioso. Segundo a maioria dos governos ocidentais, mas não o Brasil, o Hezbollah é considerado uma organização terrorista.

                                   A Polícia Militar assegurou que Fadi Hassan possui grande conhecimento em relação a armamentos e explosivos. No país há 20 anos, esteve envolvido com o tráfico de cocaína colombiana para o Oriente Médio, onde o quilo da droga chegava ao preço de 60 mil dólares. Foi preso e condenado, em 2003, e passou um bom tempo na cadeia. Em 2013, o governo brasileiro decidiu expulsar o libanês, que já estava solto, mas o processo não tevê conclusão até agora. Com a nova prisão, Hassan será processado por falsidade ideológica e pode passar mais 5 anos atrás das grades.

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                                   O “Partido de Deus” surgiu durante a guerra civil no Líbano (1975-1990). Foi uma das principais forças de resistência contra a ocupação israelense na região do Vale do Beka, sul do país, iniciada em 1982. O Hezbollah esteve envolvido em centenas de atentados terroristas, particularmente em Israel. No início dos anos 2000, o grupo começou a disputar eleições e hoje faz parte do governo libanês, tendo ocupado pelo voto um terço do Parlamento daquele país. Tem até ministro de Estado. Ao contrário da maioria dos países ocidentais, a diplomacia brasileira considera o Hezbollah como partido político legítimo, referendado pelas urnas. Atualmente, forças militares do grupo combatem o Estado Islâmico na Síria.

 

Sobre Carlos Amorim

Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão. Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano. Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc). Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes. Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005). A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações. Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada. Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
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