
Você está preparado para Jair Bolsonaro? Ele pode ganhar. Imagem TV Câmara.
Jair Messias Bolsonaro, capitão da reserva do Exército, é o pré-candidato melhor avaliado às eleições de 7 de outubro. Sem Lula, preso por corrupção, o militar lidera em todos os cenários, seguido por Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT). Está filiado a um partido político inexpressivo, o Partido Social Liberal (PSL). Como esteve Fernando Collor, em 1989, candidato pelo minúsculo PTC (Partido Trabalhista Cristão). A falta de representatividade não impediu Collor de vencer o pleito, já que era o anti-Lula, apoiado pela grande mídia, especialmente as Organizações Globo.
Em 2018, Bolsonaro repete o fenômeno Collor, cujo mandato foi impedido por corrupção pouco tempo depois. O capitão Jair representa um voto de protesto contra a bandalheira geral instalada na política. O eleitor detesta tudo o que aparece de paletó e gravata. Ele, supostamente, seria diferente. Promete nomear generais para os ministérios. Chega ao absurdo de prometer extinguir empresas estatais, para reduzir o tamanho do Estado. Como seria possível fechar o Banco do Brasil, a maior instituição financeira do mundo, que conta com 180 mil funcionários concursados? E a Caixa e a Petrobras? Mais de 200 mil funcionários concursados. É tudo balela. Apenas uma reação desses setores derrubaria qualquer governo.
Além do mais, o capitão da reserva expõe a ideia de que durante os governos militares (1964-1985) não havia corrupção. Por isso, quer nomear generais para os altos cargos públicos, algo questionado pelos próprios oficiais-generais das Forças Armadas. Não havia corrupção na ditadura porque não havia imprensa livre no país. Nunca soubemos quanto custaram as obras faraônicas da ditadura, como a ponte Rio Niterói. Ou a Transamazônica e a Perimetral Norte.
Nunca soubemos quanto custaram as três expedições militares contra a guerrilha do Araguaia, onde foram mobilizados entre 10 e 15 mil homens das Forças Armadas, inclusive com artilharia de campanha na floresta. Tudo era em orçamentos secretos, jamais publicados.
Não havia corrupção na ditadura?
Sobre Carlos Amorim
Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão.
Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano.
Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc).
Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes.
Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005).
A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações.
Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada.
Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
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Boa noite, Carlos Amorim! Tudo bem?
Sou policial militar e estudante de direito. Pretendo fazer minha monografia relacionada com o crime organizado no Brasil. Tenho interesse em adquirir sua trilogia, porém não encontro o livro “Comando Vermelho” na Internet. Pode me indicar um local em que consiga comprar os três juntos?
Gostaria de te enviar um e-mail com algumas perguntas também, se possível. Imagino que sua agenda deve ser apertada, apenas se não for causar incomodo.
Desde já, agradeço.
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