PF usa “avião fantasma” na Copa e nas Olimpiadas

O "avião fantasma"

A Polícia Federal vai utilizar o avião não tripulado Heron 1 (da categoria “Predator”, fabricado em Israel) para proteger os jogos da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. O brinquedinho eletrônico, uma das mais modernas armas de espionagem militar, com a infraestrutura necessária, custa cerca de US 27 milhões cada um. Ao todo, a Polícia Federal pretende comprar 12 dessas aeronaves, no valor de US 324 milhões. No Brasil, o “avião fantasma”, cuja presença não é percebida a olho nu e dificilmente captado por radares, foi batizado de Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado). Tornou-se arma importantíssima nas operações militares dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão. Tanto como observador do movimento dos inimigos, quanto de ataque, porque dispõe de canhões e mísseis.

Na semana passada, a PF testou um dos Vants na região da Tríplice Fronteira, entre Brasil, Paraguai e Argentina. No primeiro voo, o espião localizou três rotas clandestinas de contrabando de armas e drogas. Aviões Super Tucanos, da FAB, destruíram pistas ilegais orientados pelo “olho eletrônico”. As pistas do narcotráfico foram destruídas por bombas de profundidade Paveway, orientadas por laser, que abrem crateras de até 15 metros de profundidade, inviabilizando a sua utilização por muito tempo. A compra dos aviões espiões é extremamente importante para a segurança nacional – e pode fazer diferença na luta contra o crime organizado em nossas fronteiras.

Um grupo de oito pilotos da Polícia Federal. com supervisão de técnicos israelenses, está sendo treinado para utilizar os Vants também em áreas urbanas, com vistas à proteção dos jogos da Copa e das Olimpíadas. O objetivo é prevenir atos terroristas, acompanhar delegações estrangeiras chamadas de “sensíveis” (Estados Unidos, Israel etc) e monitorar ações do narcotráfico, principalmente no Rio de Janeiro.

Os Vants conseguem filmar em detalhes cenas que ocorrem a 40 quilômetros de distância da proa do avião, transmitindo as imagens, ao vivo, para um centro de controle em Brasília. Podem voar a 15 mil pés de altura (aproximadamente 5.000 metros), mas costumam trafegar a 7.500 pés (ou 2.500 metros de altura) sem serem percebidos. O controle dos aparelhos é semelhante a um vídeo game, por meio de monitores de alta definição e joystick. É mesmo um joguinho de guerra.

A nova ferramenta pode se transformar numa arma decisiva contra o crime. Pode ficar 37 horas no ar sem reabastecimento – e pode monitorar um complexo de favelas ou rodovias sem chamar atenção.

Uma arma decisiva

Sobre Carlos Amorim

Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão. Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano. Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc). Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes. Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005). A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações. Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada. Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
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Uma resposta para PF usa “avião fantasma” na Copa e nas Olimpiadas

  1. João Roberto Laque disse:

    Carlos, gostaria de te mandar uma mensagem.
    Mas não consigo o teu e-mail.
    Se puder me mandar os contatos para
    laque@ibest.com.br
    João Roberto Laque

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