A notícia, publicada pela Folha de S. Paulo no dia 31 de janeiro, parece alarmista. Mas tem uma fonte segura: o coronel Eduardo Wallier Vianna, coordenador do Centro de Defesa Cibernética do Ministério da Defesa. Segundo o militar, terroristas internacionais e criminosos podem aproveitar o campeonato mundial de futebol para nos atacar.
Os alvos principais da ação dos piratas de computador seriam a base de dados das empresas responsáveis pelos ingressos dos jogos e o controle de tráfego aéreo dos principais aeroportos. Ingressos falsos, porém perfeitos, invadiriam o país. “Isso pode gerar confusão, tumulto, mortes” nos estádios, disse o coronel.
Se o controle de energia dos aeroportos for atacado, o sistema de tráfego aéreo para. Os voos não chegam a seus destinos. Passageiros não embarcam. É o caos. O Brasil passaria por um vexame mundial, com enormes riscos de segurança.
Os crimes cibernéticos crescem a uma velocidade absurda no Brasil. Violações de privacidade, fraudes bancárias, contrabando de dados sigilosos, espionagem… tudo isso e muito mais atormentam o cidadão e as empresas.
O Ministério da Defesa só não explicou o que pode ser feito para evitar a tragédia.
Sobre Carlos Amorim
Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão.
Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano.
Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc).
Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes.
Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005).
A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações.
Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada.
Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
Se os crimes cibernéticos crescem tão rapidamente no Brasil é devido à nossa incapacidade de lidar com tais problemas. Será que até a copa de 2014 estaremos preparados para nos defender de terroristas internacionais? Se as cosequências podem ser drásticas como descreve o coronel, os espectadores dos jogos correm elevado risco. Penso que não estavamos preparados para sediar uma copa do mundo, pois a própria declaração do coronel mostra como temos preocupações muito mais urgentes, como melhorar a segurança dos brasileiros.
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