
Nas últimas duas semanas, mais de oitenta atentados atingiram 26 cidades de Santa Catarina. Com medo, a população não sai mais de casa depois de escurecer. Os ataques foram feitos para gerar o caos: dezenas de ônibus incendiados, postos da polícia e viaturas foram alvo de bombas e tiros, até o comércio sofreu com incêndios. De repente, um dos estados mais tranquilos do país vira um inferno. Por que?
O governo catarinense admite que os ataques começaram depois que detentos do presídio central sofreram violências após um protesto. Todos viram pela televisão que os presos foram amontoados em um pátio, vestindo apenas cuecas. Sobre eles a tropa de choque lançou gás de pimenta e balas de borracha, disparadas por carabinas calibre 12. Foi o estopim da crise.
O governo catarinense também diz que a onda de violência foi “ordenada por uma facção criminosa”. Ou seja: criminosos aprisionados teriam poder suficiente para mobilizar bandos armados nas ruas e encurralar a segurança pública. É uma confissão de falência da autoridade. Mas que facção criminosa seria essa, capaz de tamanha demonstração de força? As autoridades não falam e a mídia não explica. Como era de se esperar, os políticos locais ficam em completo silêncio.
Vamos esclarecer: essa organização se chama Primeiro Grupo Catarinense (PGC), aliada do Comando Vermelho e do Primeiro Comando da Capital, o temido PCC paulista. O grupo se dedica ao tráfico de drogas, contrabando de armas e roubo de veículos e cargas. Todas as cidades onde ocorreram os atentados ficam no litoral de Santa Catarina, justamente onde a venda de drogas é intensa. O PGC existe há alguns anos, mas a opinião pública não sabe. Certos membros da organização cumpriram pena em São Paulo e no Rio. Isso explica a ligação com o CV e o PCC.
Sobre Carlos Amorim
Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão.
Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano.
Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc).
Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes.
Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005).
A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações.
Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada.
Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
Amorim, um amigo meu que trabalha na Polícia Civil Minas Gerais (PCMG) me disse que na capital mineira (Belo Horioznte) ja tem também uma facção criminosa se organizando e atuando se chama (OTC) Organização Terrorista Cafezal. Achei interessante informar a você, ja que você é um pesquisador no assunto.
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A organização deste partidos do crime por detentos é algo que vem se espalhando por todo o Brasil já que ao que tudo indica este tipo de organização é que comanda tais crimes (como a queima de onibus) que já ocorrem em várias regiões do país. É preciso repensar nosso sistema prisional para que este passe a ser um local de reabilitação de detentos e não a universidade do crime.
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