Movimentos contra a impunidade vão às ruas, nas próximas semanas, exigir a prisão dos criminosos. Parentes e amigos de vítimas da violência estão se mobilizando para grandes manifestações, especialmente para exigir a prisão dos assassinos de seus entes queridos. Querem conscientizar as pessoas para a fato de que a Justiça tarda e quase sempre falha.
Pimenta Neves, ex-diretor de redação do jornal “O Estado de S. Paulo”, matou a tiros a namorada, também jornalista do “Estadão”, Sandra Gomide, utilizando munição de alto impacto (hollow point, proibida). Atirou pelas costas. Passou onze anos em prisão domiciliar. Ou seja: solto. Foi preciso que o próprio presidente da Suprema Corte, ministro Ayres Britto, mandasse o sujeito para a cadeia. Em seu voto, Britto afirmou que o caso era uma vergonha para o Judiciário.
E agora estamos diante de mais uma vergonha. O advogado Sérgio Brasil Gadelha, que matou a mulher, Hiromi Sato, a socos e pontapés dentro do apartamento do casal, no elegante bairro de Higienópolis, em São Paulo, também está em prisão domiciliar. Ou seja: solto. Mesmo tendo confessado o crime cruel e covarde. Se fosse pobre, preto e favelado – o “PPF”, no jargão dos porões da sociedade – estaria no fundo de uma cela. Provavelmente, uma cadeia superlotada e suja, dessas que fizeram o ministro da Justiça afirmar que são “masmorras medievais”. Mas tais “masmorras” só servem para o pobre e o desvalido.
Em “Vigiar e Punir”, o filósofo francês Michel Foucault já dizia:
“A justiça insiste em demonstrar a sua dissimetria de classe”.
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