Denúncias contra policiais atingem 76% das UPPs

Sérgio Cabral pode renunciar para se candidatar ao Senado

Sérgio Cabral pode renunciar para se candidatar ao Senado

Visto como política de segurança inovadora, o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora do Rio de Janeiro começa a fazer água por todo lado. Reverenciado pela mídia – já foi até tema de novela da Globo e garantiu a reeleição do governador Sérgio Cabral – as UPPs agora mostram a sua pior imagem. Não bastasse o desaparecimento do pedreiro Amarildo, na favela da Rocinha, supostamente sequestrado por policiais, como denuncia a família dele, agora se descobre que há relatos de abusos cometidos em 25 das 33 UPPs (76%) implantadas na capital.
O levantamento foi feito pela Folha de S. Paulo, baseado em denúncias de moradores e em boletins de ocorrência. Está na edição de hoje (2 set). Em 18 áreas controladas por UPPs, o número de “desaparecimentos” aumentou 56%. Para citar um exemplo: na Cidade de Deus, zona oeste da cidade, um ano antes da implantação da unidade policial, 18 pessoas sumiram na comunidade; um ano depois da UPP, em 2010, foram 49. E – em 2011 – mais 22 “desaparecidos”. Fonte do Comitê Contra a Tortura da ONU, citada pelo jornal paulista, diz que a PM “parece estar substituindo o auto de resistência (morte que ocorre durante confronto com a polícia) pelo desaparecimento de pessoas”.
O coordenador das UPPs, coronel Frederico Caldas, diz que vai “rever algumas práticas e trocar comando”. E há notícias de que o governador Sérgio Cabral pretende renunciar até abril do ano que vem, para que o vice Luiz Pezão possa tentar a sucessão. Analistas políticos também informam que Cabral terá que deixar o governo até setembro de 2014, dentro do prazo legal para se candidatar ao senado. O governador enfrenta uma onda de protestos e seu apartamento, no Leblon, ficou mais de um mês sitiado por manifestantes.

Sobre Carlos Amorim

Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão. Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano. Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc). Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes. Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005). A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações. Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada. Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
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