Vovó do crime começou a matar quando já tinha quatro netos.

Caroline Grills, perigosa assassina em série.

Caroline Grills, perigosa assassina em série.

Quem vê a foto dessa simpática senhora não imagina se tratar de uma perigosa serial killer. Caroline Micleson nasceu em Sydney, Austrália, no final do século 19, mais exatamente em 1888. Aos vinte anos, casou-se com um operário metalúrgico, Richard Willian Grills, e teve seis filhos. Aos 50 anos, já era avó. Teve quatro netos. Conhecida na família como “Vovó Grills”, era uma típica senhora australiana, baixinha e rechonchuda, que usava óculos redondos de lentes grossas. Mas ela vivia entediada. Então, começou a matar.
A “Vovó Grills” está na enciclopédia dos criminosos mais perigosos da história, que você, leitor interessado, pode checar em “murderpedia.org”. A primeira pessoa que ela matou foi a própria madrasta, em 1947, à época com 87 anos. E não parou mais. Costumava convidar outras senhoras para o chá das cinco e lhes servia um excelente produto inglês, misturado com uma substância química chamada tálio, empregada na fabricação de raticidas e outros pesticidas. As vítimas adoeciam e morriam sem saber o que estava acontecendo.
O genro de uma das vítimas ficou desconfiado daquele chá e resolveu fazer uma visita à assassina. Ela serviu a ele uma daquelas bebidas batizadas com tálio. Esperto, o cara não bebeu o chá e ainda conseguiu levar uma amostra à polícia, que constatou a presença da substância tóxica. A “Vovó Grills” foi condenada por quatro homicídios e uma tentativa de homicídio. Mas as autoridades australianas investigavam 46 casos semelhantes. Caroline foi condenada à morte, sentença mais tarde transformada em prisão perpétua. Morreu na cadeia, em 1960.
Os especialistas em comportamento criminal disseram que ela sofria de um transtorno mental conhecido como psicopatia aguda. A imprensa da época chamou de “vocação para o crime”.

A "vovó do crime" foi sentenciada à morte.

A “vovó do crime” foi sentenciada à morte.

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Sobre Carlos Amorim

Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão. Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano. Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc). Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes. Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005). A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações. Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada. Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
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