Para surpresa de todos, nesta quinta-feira (23 out), último dia da campanha presidencial pelo rádio e televisão, os dois maiores institutos de pesquisas do país apresentaram novos resultados para a corrida eleitoral: Dilma Rousseff (PT) surge na frente, com larga vantagem. O candidato Aécio Neves (PSDB), que vinha liderando, desabou repentinamente. Acompanhe os números para votos válidos, começando pelo Ibope: Dilma: 54% – Aécio: 46%
Segundo o Datafolha, os números são um pouco diferentes, mas a vantagem de Dilma permanece: Dilma: 53% – Aécio: 47%
Oscilando entre 6% e 8% de intenções de voto a mais do que Aécio, a candidata do PT venceria por uma diferença irrecorrível. No primeiro turno, votaram cerca de 102 milhões de brasileiros, com mais de 29 milhões de brancos, nulos e ausentes. De acordo com o Ibope, Dilma seria reeleita com 8.1 milhões de votos a mais do que Aécio. Pelas contas do Datafolha, a presidente obteria 6.1 milhões de votos a mais. Este resultado, alterando radicalmente as pesquisas anteriores, fez com que o Jornal Nacional (TV Globo) proclamasse: “se a eleição fosse hoje, Dilma estaria reeleita”. Os institutos estavam errados – ou fizeram uma conta de chegar?
Sobre Carlos Amorim
Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão.
Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano.
Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc).
Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes.
Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005).
A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações.
Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada.
Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
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Amorim: veja este texto que influenciou a disparada da bolsa na sexta feira, feita por economistas especializados em analise estatística: “Ibope e Datafolha não ajustam sua amostra por renda. Ou seja, eles não “forçam” que a a população entrevistada reflita, em termos de renda, a população brasileiira (eles forçam a amostra apenas por idade, sexo e região). Isso gera grandes distorções: enquanto o datafolha têm mais de 40% da sua amostra em eleitores até 2 salários mínimos, dados da PNAD indicam que essa fatia do eleitorado é menos de 30%!
Quando eu pondero os resultados por faixa de renda pelos pesos vindos do IBGE, eu vejo empate no Datafolha e Aécio 1% a frente no Ibope.
No passado essa distorção não gerava grandes erros (fiz essa análise para a última pesquisa do 2o turno de 2010) porque a polarização por renda não era tão grande. Ou seja, essa metodologia funcionava no passado, onde a população brasileira se dividia, basicamente, por geografia e faixa etária Só que a divisão agora é sócioeconômica”.
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