
O tenente O’Neill, em primeiro plano.
Dois de maio de 2011. Por volta da meia noite. Um grupo de 22 militares de elite da Marinha americana, a bordo de dois helicópteros blindados, invade uma casa em Abbottabad, no Paquistão. Utilizando explosivos plásticos C-4, com detonadores eletrônicos de ação imediata, a Equipe Seal 6 derruba as portas e entra na mansão fortificada de 2,5 mil metros quadrados, no interior da qual estava vivendo há anos o terrorista mais procurado do mundo, Osama Bin Laden, líder da Al Qaeda. Estranho: o alvo ficava a menos de um quilômetro da Academia Militar do Paquistão, país supostamente aliado dos EUA na guerra total ao terror.
Localizar o alvo foi o resultado de 10 anos de investigações de uma agente da CIA desacreditada entre seus pares: uma loura especializada em cultura árabe, mulher mau humorada e agressiva, na casa dos 30 anos, solteira e cumprindo a primeira e única missão da vida dela. Quando estava claro que a casa de Abbottabad reunia mais de 80% de chances de ser o alvo correto, a Equipe Seal 6 entrou numa fase de treinamentos que durou até a véspera da missão. Na base da Marinha americana em Virgínia Beach, na costa leste do país, foi construída uma réplica exata do refúgio de Bin Laden, a partir de imagens de satélites.
O plano de combate efetivo iria durar apenas 36 horas. A equipe saiu dos Estados Unidos num avião militar de transporte, provavelmente um Galaxy, que voou até a Alemanha, no centro da Europa, para uma escala de abastecimento. Seguiu até uma base americana na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. A partir daí, o grupo embarcou em helicópteros da classe UH-60 Black Hawk, cujá blindagem foi reforçada, o que terminou provocando problemas de dirigibilidade. Ao tentar pousar, com fortes ventos transversais, um dos UH se chocou de cauda com um muro. Mas a tropa saiu sem baixas. O ataque prosseguiu.
O primeiro militar a chegar ao aposento de Bin Laden, errou o tiro. O segundo homem do ataque teria sido o tenente Robert O’Neill. Acertou dois disparos de 5.56 mm na cabeça do terrorista, enquanto ainda estava de pé. E mandou um terceiro no peito, quando Osama já havia caído. Outras três pessoas teriam morrido na invasão: dois segurança do terrorista e uma de suas mulheres. Na casa havia sete crianças que nada sofreram. O corpo de Osama foi levado pelos Seals e desapareceu, supostamente lançado ao mar em um local nunca revelado.

- A Equipe Seal 6 em ação.
O tenente Rob O’Neill teve a identidade revelada por um jornal inglês e por um site especializado em operações militares. Aparentemente foi ele quem teve a iniciativa de falar, quebrando um código de silêncio estabelecido nas forças especiais americanas. E por que ele falou? Porque havia sido dispensado do serviço (nos EUA esses especialistas cumprem contrato de dois anos de duração, que pode ser renovado por tempo limitado), estava desempregado e se sentia abandonado pelo Tio Sam. O governo americano ofereceu a ele, à mulher e aos dois filhos a entrada num programa federal de proteção a testemunhas. Rob e a família trocariam de identidades. E ele teria emprego como motorista de caminhão em uma cervejaria no interior do pais. Rob não aceitou.
O tenente participou de dezenas de missões, inclusive o resgate do Capitão Phillips, sequestrado por piratas da costa da Somália. Agora esta entregue à própria sorte. Virou um alvo em movimento.

Foto do ataque a Bin Laden, não confirmada.
Sobre Carlos Amorim
Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão.
Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano.
Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc).
Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes.
Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005).
A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações.
Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada.
Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
Amorim:O assunto que vou tratar não se relaciona a teu artigo, mas não vou perder a oportunidade de veiucular um comentário sobre um tema relevante e que está sendo tratado parcialmente pelo nottciário econômico. Veja:
Limão amargo bem espremido dá limonada. É o que se diz no mundo dos negócios e que, neste momento, a presidente Dilma pode estar apertando o citros na sua cozinha política, ou seja, nos bastidores desta grande confusão que assola o País neste momento.
A crise da Petrobrás tem dois lados. No mundo do petróleo, tudo tem verso e reverso. O lado exposto dessa questão está aí à vista: a) diretores que desviavam para os próprios bolsos as “contribuições” das empresas para os partidos; b) – crise de confiança no mercado e derretimento do valor do patrimônio líquido nas bolsas internacionais e nacionais.
Lado bom: crise dos corruptos permite uma limpeza nos quadros dirigentes da estatal, robustecendo a confiança do mercado em seus gestores remanescentes para lidarem com os novos tempos de grandes produtores quando o pre-sal entrar no mercado para valer.
Outro ganho pelo lado escuro da lua: o valor de mercado derreteu-se. Mas não esqueçamos de que estamos falando de valor de mercado e não do valor patrimonial de cada ação. No duro, cada ação vale um real. Daí para cima é valor de mercado. Portanto, ainda não chegou ao fundo do poço.
Qual é a vantagem disso para quem espreme o limão? Os grandes investidores em Petrobrás nos mercados internacionais, entre eles a bolsa de Nova York, são os fundos de pensão brasileiros patrocinados pelas empresas estatais (Previ, Funcef, Petros, Refer, etc.). São fundos particulares, propriedade do funcionalismo, irrigados pelo Tesouro Nacional.
Quando desaba o valor dos papéis de uma empresa com saúde, os espertos compram na baixa. É o que está havendo. Como os fundos são donos tanto do lucro quanto do prejuízo, comprar a US$ 6,00 um papel que valia, há pouco US$ 48,00, é um negócio da China, pois tira de um bolso e bota no outro.
Como o preço das máquinas, equipamentos e serviços para furar o pre sal continuam com os mesmos preços, a Petrobrás terá de emitir mais papéis para captar o dinheiro que precisa. Certamente terá de alterar o modelo para atrair investidores. O modelo atual já estava bichado. Foi por isto e não pela roubalheira que os preços dos papéis empacaram e, depois, começaram a cair.
Quem perde são os fundos privados e os investidores pessoas físicas. Mas estes a são minoria.
Então como fica (para não me alongar, pois esta história dá muito pano para as mangas): O preço desaba e, com menos dinheiro, compra-se mais posições no Pre-Sal. Uma ação que valeria 48 agora sai por seis. Daqui a cinco ou seis anos o pre sal produzindo leva o valor de mercado para as alturas, novamente. O mico de hoje será uma montanha de dinheiro lícito.
E a queda do preço do petróleo? Isto também derruba a cotações das ações, mas é um alívio para o caixa de Petrobrás. Como o preço da gasolina (e demais derivados) não vai cair, o lucro aumentará. Esse ganhos podem cobrir os prejuízos da contenção administrada no período da campanha. É o que vai acontecer. Assim, não precisa alimentar a inflação para tirar a empresa do vermelho.
Sem contar do efeito geral para a economia mundial com a queda dos preços do petróleo. Com a retomada internacional, Dilma vai surfar a prosperidade mundial. O Brasil tem tudo para bombar, como das outras vezes em que os países desenvolvidos entraram em rota de crescimento.
É verdade que a Petrobrás tem de recuperar confiança. Para isto Dilma nomeou Graça Foster. Ela está passando a vassoura. Pode ser que caia, mas deixará a sala limpa. Com isto e mais aquilo tudo que falamos (petróleo baixo e mercado para ações de baixo preço), a Petrobrás pode recuperar sua imagem de empresa vencedora em pouco tempo. Botando funcionários e magnatas da construção na cadeia Dilma poderá reeditar a faxina do primeiro mandato, a Faxina 2. Aquilo lhe valeu a estabilidade e, agora, pode consolidar seu novo mandato. É só botar um pouco de açúcar na limonada. Será que ela fará isto?
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São Paulo 07/08/2017. 19:05 hs. Estamos indo para o que não temos visão do terror que é o IE. Um homem de confiança do governo Americano está sem emprego. O tenente O’Neill é um especialista em defesa da liberdade. Este homem pode ser usado para trabalhar na polícia federal brasileira! Porque ele não pode ser contratado pela policia militar brasileira. Ele seria utilizado no combate ao tráfico de drogas e armas na região! É isso mesmo. Eu sou brasileiro e estou desempregado fazem 20 meses. Mais eu sou uma trabalhador comum. Eu quero trabalhar!
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