Repórter que entrevistou brasileiros condenados à morte na Indonésia há dez anos diz que a dupla estava envolvida com o tráfico internacional de drogas desde a adolescência. Até serem presos, viviam luxuosamente com o resultado da venda de entorpecentes. A reportagem, publicada em 2004 no portal “Já”, dá a entender que eram criminosos profis-sionais.

Marcos Archer, antes da execução.

Marcos Archer, antes da execução.

O jornalista Renan Antunes de Oliveira esteve com os dois brasileiros condenados à morte por tráfico de drogas na Indonésia. A visita durou quatro dias, em 2004, mais de dez anos da execução de Marcos Archer, ocorrida neste sábado (17 jan). A reportagem de Renan, publicada no portal “Já” (jornalja.com.br) traz detalhes estarrecedores do envolvimento de Marcos com traficantes, iniciado quando ele tinha 17 anos e venceu um campeonato de asa desta na Colômbia. Desde então, segundo a matéria, o brasileiro fuzilado em Jacarta, capital indonésia, viveu exclusivamente do narcotráfico. O segundo brasileiro condenado à morte pelo mesmo crime, Rodrigo Goulart, teria história semelhante: uma vida no tráfico.

Imagem do tribunal que condenou o brasileiro à morte.

Imagem do tribunal que condenou o brasileiro à morte.

Evidentemente, não estamos aqui querendo justificar o fuzilamento de Marcos Archer: a pena de morte é inaceitável aos povos civilizados. Porque é uma sentença que não pode ser revista, mesmo que se descubra que foi um erro. Na Indonésia, país de maioria muçulmana, o combate ao tráfico de drogas é uma bandeira política: é punido com mais severidade do que o terrorismo e o homicídio. Foi por isso que o governo local recusou dezenas de pedidos de clemência feitos em favor de Marcos Archer. Parece que o mesmo vai acontecer em relação a Rodrigo Goulart. Ainda assim, vale à pena conferir a reportagem citada. Informação nova nunca é demais.

Fotos do portal "Já": à esquerda, o brasileiro condenado; à direita, o repórter na porta de penitenciária indonésia.

Fotos do portal “Já”: à esquerda, o brasileiro condenado; à direita, o repórter na porta de penitenciária indonésia.

Sobre Carlos Amorim

Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão. Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano. Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc). Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes. Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005). A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações. Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada. Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
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2 respostas para Repórter que entrevistou brasileiros condenados à morte na Indonésia há dez anos diz que a dupla estava envolvida com o tráfico internacional de drogas desde a adolescência. Até serem presos, viviam luxuosamente com o resultado da venda de entorpecentes. A reportagem, publicada em 2004 no portal “Já”, dá a entender que eram criminosos profis-sionais.

  1. josemar disse:

    eu não gostaria q a contecesse isso mas por outro lado, pra q se meter com drogas ,querer passar escondido da policia ,ele sabia era fatal nesse pais ,não brasil q a qui tudo pode não tem justiça ,a droga estraga muita gente inocente ,a qui no brasil é pior do q na indonésia a muitas mortes por causa das drogas é pior do q a pena de morte, la quando matam 10 a qui matam 1000 por causa das drogas , por tanto é pior do q pena de morte.

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    • eu não gostaria q a contecesse isso mas por outro lado, pra q se meter com drogas ,querer passar escondido da policia ,ele sabia era fatal nesse pais ,não brasil q a qui tudo pode não tem justiça ,a droga estraga muita gente inocente ,a qui no brasil é pior do q na indonésia a muitas mortes por causa das drogas é pior do q a pena de morte, la quando matam 10 a qui matam 1000 por causa das drogas , por tanto é pior do q pena de morte.

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