Datafolha: Dilma tem a pior avaliação popular desde Fernando Collor. 62% consideram o governo ruim ou péssimo.

Dilma: popularidade em queda.

Dilma: popularidade em queda.

Após ser reeleita com um percentual de apenas 3,27% de diferença nos votos válidos pata o candidato de oposição, a presidente Dilma Rousseff vive agora o seu inferno astral: a pior avaliação de um ocupante do Palácio do Planalto desde Fernando Collor. De acordo com pesquisa do Datafolha divulgada hoje (18 mar), 62% dos entrevistados consideram o governo ruim ou péssimo. Apenas 13% acham o desempenho de Dilma ótimo ou bom, enquanto 24% dizem que é regular. Ou seja: o campo de aprovação (a soma de ótimo, bom e regular) está em 37%. É o pior resultado desde que ela assumiu, em 2010. Às vésperas do impeachment, em 1992, Collor tinha 68% de desaprovação.

O Datafolha mostra ainda que 50% dos entrevistados desaprovam a atuação do Congresso Nacional. Apenas 9% consideram que deputados e senadores têm desempenho ótimo ou bom. O governo reagiu a esses números com uma declaração do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo: “É uma fotografia passageira”. A pesquisa foi realizada logo após as grandes manifestações do último domingo. Não precisa ser nenhum gênio da lâmpada para saber que há pelo menos três razões para a crise de confiança na presidente: as denúncias de corrupção; o fraquíssimo desempenho econômico e o aumento dos preços ao consumidor; a incapacidade do governo de propor um projeto alternativo. E é bom não esquecer: Dilma é refém de um Congresso mal avaliado pela opinião pública. Deputados e senadores é que vão decidir sobre as medidas propostas pela presidente.

No fim da tarde, o Ministro da Educação, Cid Gomes, foi ao Congresso. Da tribuna da Câmara, ele atacou os deputados da base aliada, com a voz alterada, mandando que “largassem o osso” e fossem todos para a oposição. Antes, já tinha dito que ali havia uns 300 ou 400 “achacadores”. Foi aplaudido e vaiado. Mais lenha na fogueira.

Sobre Carlos Amorim

Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão. Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano. Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc). Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes. Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005). A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações. Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada. Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
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