Quatro homens-bomba matam 142 pessoas no Iêmen. O “Califado do Levante” se estende para a África, a Península Arábica e recruta combatentes na Europa. Nada parece deter o ISIS.

Ataque terrorista contra mesquita no Iêmen.

Ataque terrorista contra mesquita no Iêmen.

Dois atentados praticados por quatro homens-bomba mataram 142 pessoas e deixaram 350 de feridos em Sana, capital do Iêmen do Sul, e na cidade de Saada, uma das maiores do país. Os ataques desta sexta-feira (20 mar), dia sagrado dos muçulmanos, ocorreram em duas mesquitas. O ISIS reivindicou a autoria dos dois atentados. No início da semana, extremistas islâmicos abriram fogo de Kalashinicov contra turistas no Museu do Bardo, em Tunis (Tunísia), matando 23 e ferindo dezenas de pessoas. Os dois terroristas mortos, autoproclamados “cavaleiros do califado”, eram ligados ao ISIS.

Agora o “Califado do Levante” já está presente na Síria, Iraque, Iêmen, Tunísia e Nigéria, onde o grupo Boko Haram declarou aliança ao ISIS. É uma escalada de violência poucas vezes vista na história pós-Vietnã. Alguns observadores chegam a dizer que esta será a maior rebelião muçulmana do século. Só na guerra civil síria já há perto de 200 mil mortos e 11 milhões de desabrigados. Enquanto tudo isso acontece, o mundo ocidental demonstra total impotência para enfrentar os extremistas.

Turistas fuzilados em Tunis.

Turistas fuzilados em Tunis.

A coalizão árabe-ocidental, liderada pelos Estados Unidos, realiza 20 missões aéreas de bombardeio por dia. Supostamente, tais ataques teriam eliminado 2 mil terroristas e destruído as refinarias de petróleo em poder da organização, com as quais o ISIS faturava 13 milhões de dólares por dia. No entanto, aparentemente, esses esforços não chegam a arranhar a estrutura do grupo islâmico. Sequer sabemos qual o efetivo da organização. A mídia internacional diz que 15 mil estrangeiros combatem com o ISIS, incluindo europeus, americanos, africanos e pelo menos um brasileiro já identificado. Mas ninguém sabe quantos são ao todo.

Não há nenhuma luz no fim do túnel.

Sobre Carlos Amorim

Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão. Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano. Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc). Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes. Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005). A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações. Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada. Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
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  1. Jose Antonio Severo disse:

    A contenção do Estado Islâmico é um problema religioso, político mas também militar. O que os especialistas dizem é que somente um estado do oriente médio reúne as três condições para enfrentar o ESIL. Trata-se do Irã. Não há outra saída. A pacificação entre os ayatolás e a Casa Branca é iminente.

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