Comandos americanos matam um dos lideres do ISIS na Síria. Forças especiais, agindo sob as ordens do próprio Barak Obama, executaram Abu Sayyaf, o homem que cuidava dos campos de petróleo do grupo terrorista.

Este pode ser Abu Sayyaf, mas ninguém tem certeza.

Este pode ser Abu Sayyaf, mas ninguém tem certeza.

Um comando militar americano, supostamente um grupo de “Seals”, a elite da Marinha dos Estados Unidos, o mesmo que matou Osama Bin Laden, executou um dos comandantes do ISIS (“Estado Islâmico do Iraque e do Levante, em inglês). A tropa, descaracterizada (trajes de combate diferentes, além de barbas e cabelos longos), usando helicópteros com redutores de ruídos, desembarcou nas proximidades do campo de petróleo de al-Omar, controlado pelos terroristas na Síria (província de al-Amir, no leste do país). A ação durou cerca de 20 minutos, durante a madrugada. Resultado: dez terroristas mortos, entre os quais Abu Sayyaf, um dos líderes da organização. No confronto, nenhum americano foi atingido.

Abu Sayyaf (em árabe, “O Pai da Espada”) é o codinome de um homem que controlava a produção de petróleo nos territórios ocupados pelo ISIS na Síria e no Iraque. O nome verdadeiro dele não foi revelado. Ou não é conhecido. Mas o ataque foi um duro revés para os terroristas, porque Abu controlava o comércio clandestino de diesel e gasolina na região. De acordo com fontes da imprensa ocidental, os negócios com combustíveis rendem 13 milhões de dólares por dia para o ISIS. Esse dinheiro é a melhor explicação para o armamento sofisticado empregado pelo grupo. Outra explicação é o apoio secreto dos demais países árabes que gostam de ver os americanos em situações difíceis.

O grupo terrorista amplia os territórios controlados na Síria e no Iraque

O grupo terrorista amplia os territórios controlados na Síria e no Iraque

Durante a operação dos comandos americanos, a mulher de Abu Sayyaf, conhecida como Umm Sayyaf, foi capturada. O governo dos Estados Unidos, que anunciou oficialmente os resultados da operação militar neste sábado (16 de maio), disse que Umm é “cúmplice das ações terroristas”. No local onde o marido dela caiu baleado, foi libertada “uma escrava sexual”, prisioneira do ISIS.

Crianças são usadas como propaganda do ISIS.

Crianças são usadas como propaganda do ISIS.

O ataque americano acontece no momento em que o “Califado do Levante” está em plena ofensiva. Amplia o território controlado pelo grupo e nada parece detê-lo. Os generais do Pentágono, contrariando orientação do presidente Obama, costumam dizer que para acabar com o ISIS seria preciso enviar tropas para agir no solo, tanto na Síria quanto no Iraque. Algo parecido com meio milhão de soldados das forças aliadas. É simplesmente impossível.

Sobre Carlos Amorim

Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão. Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano. Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc). Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes. Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005). A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações. Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada. Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
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