
Dois dos volumes da trilogia do autor sobre violência urbana e crime organizado.
Chegou às livrarias, esta semana, uma nova edição do livro do jornalista Carlos Amorim. “A irmandade do crime” trata das duas maiores facções criminosas do país, o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Descreve em detalhes a trajetória das organizações e suas ramificações no país e no exterior. O Comando Vermelho foi criado no presídio da Ilha Grande, no litoral fluminense, no final dos anos 1970. Presos políticos e detentos comuns foram misturados na cadeia, durante o regime militar. Desta convivência surgiu o núcleo organizador do CV.
O PCC foi fundado no anexo do presídio de Taubaté, interior de São Paulo, mais conhecido como “Piranhão”. Foi no início dos anos 1990. O PCC, desde a sua criação, se anunciou como aliado do CV. Prometia uma revolução no sistema prisional. Inclusive adotou o lema da facção carioca: “Paz, Justiça e Liberdade”. Mas o que isto significava? “Paz” queria dizer: o fim das disputas internas entre as quadrilhas – e para isso foram promovidos massacres de detentos rivais. “Justiça” significava: cobrar das autoridades carcerárias o cumprimento da Lei de Execuções Penais (LEP) e a solução dos problemas materiais de vida nas cadeias. “Liberdade” era o direito de todo preso a obter a fuga.

O autor, em lançamento na Livraria Cultura, em São Paulo;
Pela Constituição Brasileira, a Carta da República, fugir não é crime. É um direito. Desde que não ocorra violência ou danos ao patrimônio. Acreditem: uma fuga não acrescenta nem um ano de pena ao fugitivo. “CV-PCC: A irmandade do crime” é uma obra decisiva de investigação sobre o tema. Mergulha nos detalhes da história das maiores facções criminosas, inclusive examinando uma matéria controversa: o crime organizado e a política. Está disponível nas livrarias e também no formato de e-book, em: http://www.editorarecord.com.br. O livro é o segundo volume de uma trilogia sobre violência urbana e crime organizado no Brasil: “Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado”; “CV-PCC: A irmandade do crime”; e “Assalto ao Poder”. Todos da mesma casa editorial e do mesmo autor. Juntos, já venderam mais de 150 mil exemplares.
Sobre Carlos Amorim
Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão.
Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano.
Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc).
Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes.
Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005).
A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações.
Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada.
Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
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