
Isa, o pequeno terrorista do ISIS: “Vamos matar os infiéis”.
O grupo extremista islâmico ISIS (Estado Islâmico) divulgou no último domingo (2 jan) um vídeo em que mostra a brutal execução de cinco prisioneiros. Acusados de espionar para os britânicos, foram abatidos com tiros de pistola na cabeça. O mais chocante, no entanto, não foram os assassinatos, uma rotina nas áreas ocupadas pela milícia radical na Síria e no norte do Iraque. O mais impressionante foi a presença de um menino de 6 anos de idade, vestindo uniforme militar, com uma faixa preta e o símbolo do ISIS na testa (foto acima). O garoto, também armado, fez uma ameaça: “Vamos matar os infiéis”

Crianças são usadas como soldados-mirins pelos extremistas.
A imprensa inglesa já identificou o terrorista-mirim. O nome dele é Isa, que em árabe significa Jesus. É o filho mais novo de uma extremista que fugiu da Inglaterra para se juntar ao ISIS, na Síria: Grace Dare é mais conhecida como “Khadijah”, um nome de guerra, o mesmo da esposa do profeta Maomé, fundador do Islã. Grace é filha de nigerianos radicados em Lewisham, ao sul de Londres. Fugiu da Inglaterra em 2014. O avô do pequeno Isa, Henry Dare, confirmou ao jornal Daily Mail: “Definitivamente, é o meu neto”.

A execução de prisioneiros divulgada no domingo passado.
Hábil na propaganda jihadista, o ISIS tem mostrado muitas imagens de crianças armadas e vestidas para a guerra. Supostamente, elas são o “futuro” da organização terrorista. Com isso querem dizer: a ameaça ao Ocidente será duradoura, talvez permanente. No vídeo da execução dos supostos espiões, um dos assassinos também falava inglês fluente, com sotaque londrino. As autoridades britânicas agora querem saber se ele é o pai de Isa.
Sobre Carlos Amorim
Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão.
Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano.
Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc).
Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes.
Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005).
A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações.
Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada.
Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
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Neste vídeo com ameaças à Inglaterra, o Estado Islâmico procura dar mais um susto nos europeus. O primeiro ministro britânico também responde no mesmo tom, com desafios aos terroristas, afirmando que o ISIS está se enfraquecendo. Não parece sensato, pois a Arábia Saudita acaba de lançar mais um desafio aos xiitas com a execução de um líder sectário. Com isto, acendeu o estopim da crise com o Irã. Aí mora o perigo. Uma guerra entre as superpotências islâmicas não é um cenário descabido, com possibilidades de se espalhar por todo o Oriente Médio e sudeste asiático. Não se esqueça de que o Paquistão é uma potência nuclear sunita. O projeto nuclear iraniano não seria uma ameaça ao Ocidente, mas sim de um conflito atômico naquela região. Certamente um desdobramento será o fortalecimento do Estado Islâmico, que é um braço armado da Arábia Saudita. Cada dia a crise médio oriental se afasta mais da aparência de resíduo da extinta Guerra Fria e se assume como uma disputa milenar que se iniciou ainda nos tempos babilônicos. É difícil para um ocidental contemporâneo olhar para aquela região e ver mais do que uma briga por petróleo. Mas é a verdade. O que não exclui o petróleo, que já apresenta um pequeno aumento de preço, para alegria da presidente Dilma e sua combalida Petrobrás. Uma consequência de o Brasil ter se convertido numa potência petrolífera é que ficamos reféns desses humores levantinos.
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abs
Camorim
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