STF aceita delação de Delcídio. O ex-líder do governo no Senado acusa Aécio Neves de receber propina de estatal elétrica e procuradores querem abrir processo criminal contra o tucano. Lula aceita ser ministro e escapa de Sérgio Moro.

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Aécio é acusado por Delcídio do Amaral: recebeu propina de Furnas. Foto GCN.

                                    A cada dia que passa as surpresas aumentam. A delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), aceita pelo Supremo Tribunal nesta terça-feira (15 mar), explode como bomba em Brasília. Atinge Aloísio Mercadante, Ministro da Educação, Aécio Neves, senador e presidente da PSDB, Temer, FHC,  Lula e a própria Dilma. O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, estuda pedir autorização para processar Dilma Rousseff. E os procuradores federais devem pedir, em breve, abertura de inquérito criminal contra Aécio Neves na Lava-Jato. Eles já sabem que o senador tucano tem uma conta secreta (em nome da própria mãe) em Liechtenstein, pequeno país europeu considerado um paraíso fiscal.

                                   As propinas de Furnas teriam sido recebidas nessa conta.  Liechtenstein é menor do que a favela da Rocinha. Tem apenas 37 mil habitantes, mas um PIB de 5,5 bilhões de dólares. Por que será?  Na delação de Delcídio do Amaral, que tem 200 páginas, Aécio Neves  é citado 10 vezes.

                                   E Lula aceita ser ministro de Dilma. Deve ir para a Secretaria de Governo, cargo de articulação política. Como forte personalidade política, o ex-presidente cuidaria de melhorar as relações do Planalto com o Congresso. Que andam muito estremecidas. Os objetivos principais seriam dois: aprovar medidas de ajuste econômico e rejeitar o pedido de impeachment da presidente. A oposição já avisa: vai recorrer à justiça para impedir a nomeação de Lula, por “desvio de função”. Mas tudo indica que a indicação será oficializada amanhã mesmo. Com isso, Lula passa a ter foro privilegiado e só pode ser processado pelo STF. Escapa de Sérgio Moro.

                                   Nos bastidores da crise há comentários de que o juiz federal curitibano já tinha tudo pronto para a prisão de Lula.

                                  

 

                                  

Sobre Carlos Amorim

Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão. Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano. Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc). Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes. Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005). A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações. Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada. Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
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