
São Paulo – Manifestação de 1° de Maio organizada pela CUT, no Vale do Anhangabaú, conta com a presença da presidente Dilma Rousseff (Rovena Rosa/Agência Brasil)
A presidente Dilma anunciou neste 1º de maio, Dia do Trabalho, um reajuste médio de 9% para o Bolsa Família, o projeto de distribuição de renda que é a marca do governo petista. Quarenta e oito milhões de pessoas serão beneficiadas pelo aumento. O anúncio foi feito em manifestação convocada pela CUT, a Frente Brasil Popular e o os movimentos por moradia, que os organizadores afirmam ter reunido 100 mil pessoas no Vale do Anhangabaú, centro da capital paulista. Lula não apareceu. Dilma repetiu a tese de que está sendo vítima de um golpe. Disse que um governo de Michel Temer e do PMDB iria acabar lentamente com a Bolsa Família. Segundo ela, 36 milhões de brasileiros ficariam sem o benefício.
No mesmo ato, Dilma também anunciou uma correção de 5% na tabela do Imposto de Renda. Isto significa: quem ganha até 1.990 reais fica isento do imposto. A oposição reagiu imediatamente: seria uma vingança de Dilma contra o impeachment, aumentando o rombo fiscal do país. A presidente, em seu discurso de meia hora, acusou Temer de querer “privatizar tudo o que for possível”. E avisou: “A primeira vítima dessa lista (de privatizações) será o pré-sal”. Ou seja: mais um episódio da luta política instalada no país.
A partir desse 1º de maio, começa a contagem regressiva para o fim do governo petista. Faltam só 10 dias para a votação do afastamento da presidente pelo Senado. No Planalto, quase ninguém acredita que ela vá escapar. O PT aposta que o futuro do partido está na candidatura de Lula em 2018. E ele é uma das maiores forças polícias atuando no cenário, seguido de Marina Silva e Aécio Neves, nessa ordem, de acordo com as pesquisas eleitorais. O PT e os movimentos sociais prometem continuar com as manifestações de rua, que devem crescer até 11 de maio.
Como dizem os torcedores, haja coração!
Sobre Carlos Amorim
Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão.
Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano.
Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc).
Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes.
Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005).
A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações.
Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada.
Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
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