A três dias de deixar a Procuradoria-Geral da República, Rodrigo Janot denuncia o presidente Michel Temer mais uma vez. A acusação: é líder de uma organização criminosa instalada no governo e teria tentado comprar o silêncio de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro, por meio o dono da Friboi. Joesley Batista e Ricardo Saud também foram denunciados. Janot pede ao STF que esses dois sejam entregues ao juiz Sérgio Moro. No que parece ser o último ato do procurador à frente da PGR, Janot aproveitou para denunciar aqueles que seriam cúmplices de Michel Temer no crime organizado: os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretária-geral), além de políticos íntimos do presidente, como Eduardo Cunha, Henrique Alves, Gedel Vieira Lima (o homem de 51 milhões de reais) e Rodrigo Loures (o home da mala de 500 mil reais).
A flecha de prata de Janot não terá efeitos práticos contra Temer, ao menos até o dia 1º de janeiro de 2019, quando ele volta a ser um cidadão comum e poderá enfrentar a primeira instância do judiciário. Talvez nas mãos de Moro. A denúncia, que poderia afastar o presidente do cargo, deve ser rejeitada pela maioria governista na Câmara dos Deputados. Mas aumenta o desgaste político do mandatário, que amarga rejeição pela maioria absoluta da população brasileira. É o presidente com pior avaliação nos últimos 50 anos. Só que deve sobreviver e terminar o mandato, com apoio dos aproveitadores que o cercam.
De acordo com o Ministério Público Federal, a organização criminosa comandada por Temer teria desviado 587 milhões de reais dos cofres públicos, por meio de propinas. As vítimas: Petrobras, Furnas, Caixa Econômica Federal, Ministério da Integração e a Câmara dos Deputados. O grupo criminoso, em relatório da Polícia Federal, é chamado de “quadrilhão do PMDB”. Perdemos todos nós, o populacho em geral. Aquela gentinha que paga tributos para ser roubada.
Perto dessa gente, Fernandinho Beira-Mar e Marcola são reles ladrões de galinha.
Sobre Carlos Amorim
Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão.
Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano.
Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc).
Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes.
Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005).
A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações.
Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada.
Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
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MEUS PARABÉNS – JORNALISTA CARLOS AMORIM, ÓTIMO SITE DE NOTICIAS SEMPRE MUITO BEM ATUALIZADO, AGORA VOLTO A ESCREVER SOBRA A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA ( ABI ) – BRASIL, A NOVA CARTEIRA DE JORNALISTA DA ABI ( IDENTIFICAÇÃO DE JORNALISTA ) – VALIDA EM TODO O BRASIL EM NOVO MODELO DO TAMANHO DE UM CARTÃO DE CREDITO E POR SINAL MUITO MODERNA, PARA AS CATEGORIAS EFETIVO ( JORNALISTA ), COLABORADOR E ESTUDANTE, AGORA A ABI ESTÁ COM UM NOVO LOGO – SÃO AVANÇOS DO ATUAL PRESIDENTE DA ABI – O JORNALISTA DOMINGOS MEIRELLES. SÃO PAULO, SETEMBRO DE 2017.
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