Folha de S. Paulo: “Bolsonaro diz ter vontade de baixar decreto para população poder trabalhar”. OMS: “Mundo tem 700 mil contaminados, com 150 mil recuperados e mais de 33 mil mortos”. E o resto é bobagem ou total irresponsabilidade.

                                   O presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, quer porque quer liberar as pessoas para sair às ruas e voltar a trabalhar. Contraria a opinião de todo o mundo civilizado, que chora a morte de mais de 30 mil vitimas do coronavírus. Quase todos os países do mundo já concluíram que o confinamento residencial é a única forma de prevenção. Mas, no Patropi, o mandatário da Nação é tosco e acredita que manda mais do que o vírus que não reconhece fronteiras. Cercado por uma chusma de idiotas e fanáticos fundamentalistas, está cada vez mais isolado.

                                   Sem articulação política, desmentido pelos próprios órgãos oficiais e pressionado pelo militares, que não querem servir de massa de manobra, Bolsonaro tenta governar por decretos. Ele acha que tem a caneta mágica. Quando tentou mudar a Lei de Acesso à Informação, poderoso instrumento democrático, querendo que não haja prazo para respostas por falta de funcionários, foi barrado pela Suprema Corte. Dizem as más línguas que pretendia esconder os resultados dos seus testes médicos sobre o coronavírus. Será? Nesse país de meu Deus, tudo é possível.

                                   Bolsonaro diz ter sido um atleta. Mas, depois da facada, é fato duvidoso. Aparentemente não tem sintomas do vírus, só que abusa do convívio social no Planalto e arredores. O presidente, pela postura desafiadora, fica na contramão do mundo inteiro. Um jornal suíço já publicou que ele é “o homem mais perigoso do mundo”. O alinhamento diplomático incondicional com Donald Trump, que inicialmente negou a importância da pandemia, também deu errado. Os Estados Unidos são agora o maior foco mundial da doença, com mais de 120 mil contaminados e milhares de mortos. Alguns estados americanos decretaram quarentena total. Bolsonaro pretende flexibilizar as medidas sanitárias e apoia protestos em nome de um “Brasil que não pode parar”.

                                   As atitudes de Bolsonaro beiram a insanidade. Estão além do que chamamos de populismo. Não é à toa que o meio jurídico pede exames de sanidade mental do presidente.  

                                   Quem viver, verá!       

 

    

Sobre Carlos Amorim

Carlos Amorim é jornalista profissional há mais de 40 anos. Começou, aos 16, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias Bandnews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Dirigiu transmissões de carnaval e a edição do Rock In Rio 2 (1991). Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão. Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2010). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano. Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc). Vencedor do Prêmio Jabuti 2011, da Câmara Brasileira do Livro, com “Assalto ao Poder”. Autor de quatro obras pela Editora Record, foi finalista do certame literário três vezes. Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005). A maior parte da carreira do jornalista Carlos Amorim esteve voltada para a TV, mas durante muitos anos, paralelamente, também foi ligado à mídia impressa. Foi repórter especial do Jornal da Tarde, articulista do Jornal do Brasil, colaborador da revista História Viva entre outras publicações. Atualmente, trabalha como autor, roteirista e diretor para projetos de cinema e televisão segmentada. Fonte: resumo curricular publicado pela PUC-RJ em “No Próximo Bloco – O jornalismo brasileiro na TV e na Internet”, livro organizado por Ernesto Rodrigues em 2006 e atualizado em 2008. As demais atualizações foram feitas pelo autor.
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